Moradores das margens do rio Imbuaçu deverão deixar a área
Segundo Francisco Rangel será necessário retirar algumas moradias para possibilitar a entrada das máquinas que realizarão o serviço. “As famílias estão sendo cadastradas e devem ser encaminhadas para receber o aluguel social e mais tarde a moradia definitiva. Sem essa desocupação da área é impossível fazer a limpeza do rio”, afirmou o secretário, acrescentando que a determinação do prefeito Neilton Mulim é priorizar áreas onde a população sofre com enchentes.
A dona de casa, Cristiane da Conceição, 34 anos, mora com dois filhos na beira do rio desde que nasceu e está esperançosa para se mudar para um lugar melhor. “Quando chove não posso nem sair de casa. Minha filha acaba faltando muito a escola. Seria muito bom ter uma casa onde não tivesse essas enchentes, mas o que eu ganho de bolsa família não dá pra sair daqui”, conta a moradora ao lado da mãe que também vive no local.
Outro morador que deverá deixar a área é o ladrilheiro, Marcos da Conceição Graciano, de 39 anos. Desempregado, ele vive com cinco filhos de 9, 7, 5, 2 anos e um bebê de seis meses e sonha em morar em um local mais seguro. “Aqui chove e vira um brejo. Mesmo depois de ter aterrado a casa ainda enche em dias de chuvas mais intensas. O valão fica cheio e não temos pra onde ir”, declarou Marcos.
Todo o trabalho será ampliado nas próximas semanas, quando equipes da secretaria de Meio Ambiente farão vistoria em todo o trecho às margens da Rodovia BR 101, que corta a cidade de São Gonçalo. “Vamos registrar e fiscalizar toda a área e encaminhar para a Autopista Fluminense, a parte que fizer parte da margem da rodovia deverá receber a limpeza da empresa”, afirmou Tiago Rangel. A visita foi acompanhada pelo gerente de obras da Autopista, Paulo Negrini, que se comprometeu em atuar na limpeza da área que está na margem da via.