Saúde pode entrar em colapso a qualquer momento em São Gonçalo

alberto torres
Secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, disse que o HEAT poderia fechar a emergência devido a grave crise financeira (Reprodução)

A luz vermelha voltou a acender na secretaria de Saúde de São Gonçalo após o anúncio do secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, de que suas unidades poderiam fechar as emergências devido a grave crise financeira. Uma reunião de emergência foi convocada para discutir o assunto.

O prefeito Neilton Mulim, o secretário municipal de Saúde, Dimas Gadelha, e os diretores das três unidades de emergência da cidade traçaram alternativas para não sobrecarregar ainda mais os prontos socorros da cidade caso a medida aconteça.

“Nossas unidades estão atendendo acima da sua capacidade normal há cerca de quatro meses. Estamos atendendo uma demanda de vários municípios vizinhos. Não temos condições de assumir todo o atendimento da cidade sem o apoio das UPAs e do Hospital Estadual Alberto Torres”, garantiu o secretário de Saúde, Dimas Gadelha.

Uma das primeiras ações do secretário foi suspender férias e licenças dos funcionários da área da saúde e ampliar as enfermarias junto aos prontos socorros Central, Alcântara e Infantil para atender a demanda que nos últimos dois dias aumentou em cerca de 30%.

“A situação é preocupante. Estamos provocando um movimento junto aos Conselhos Municipais de Saúde e nesta sexta-feira (18/12) vamos ter uma reunião entre os secretários de saúde da Região Metropolitana e seus prefeitos”, informou Dimas.

O prefeito Neilton Mulim apoiou todas as medidas e garantiu que irá conversar com o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, na manhã desta quinta-feira (18/12).

“O município vem trabalhando para garantir aos gonçalenses uma saúde de qualidade e humanizada. No último ano a prefeitura aplicou 24,67% da receita de impostos próprios e transferências em gastos com a saúde. O montante equivale ao valor de R$ 114.513.054,65. O valor superou o mínimo de 15% exigido por lei. Mas sozinhos não teremos condições de arcar com todo o atendimento”.

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